24.6.11

amor entre classes diferentes :D

O que me tem vindo à memória, sempre que ouço falar nas viagens do Primeiro, é a minha primeira viagem com ele. Eu em económica e sua excelência em executiva. Don't ask!

hoje foi dia de trabalho, mas vamos fazer de conta que fui à praia


Já se sabe, hoje que tive que estar fechada entre quatro paredes, esteve um dia de praia sem vento e quente quente, coisa rara por estes lados. Universo, se um dia te fiz mal, peço aqui desculpas, em público. Era outro dia igual a hoje (no tempo, não no trabalho) para amanhã? Estamos entendidos?

23.6.11

feriado

little girls at beach

O vento não me deixa fazer praia, mas deixa-me tirar fotografias aos corajosos que resistem ao vento e ao frio. Aveiro sem vento não seria Aveiro.

21.6.11

e agora uma fotografia para voltar a conferir ao blog a dignidade que ele merece e que se perdeu nos dois últimos posts

o segredo para não pagar o almoço

Amiga diz o que quer almoçar, o que quer beber e confirma que quer café no final. Empregado diz quanto é. Amiga paga. Amiga almoça e toma café.

Eu digo o que quero almoçar, o que quero beber e confirmo que quero café no final. Empregado dá-me o recibo do pagamento, mas esquece-se que antes era suposto eu pagar! Eu almoço e tomo café.

Amiga estava de calças.
Eu estava de vestido. Eu estava de vestido curto, pronto. Eu estava de vestido curto e justo, para ser totalmente honesta.

15.6.11

cospe, cospe, cospe

Oh maravilha! Acordar de manhã, ser saudável, estar a comer um pêssego enquando se actualizam as notícias e descobrir aqui que 85% dos pêssegos analisados tinham pesticidas e que estão no 4º lugar na lista dos 12 vegetais mais contaminados com pesticidas.

os meus saudosos ganchinhos da Candie Candie

Tenho várias fotografias do tempo da escola primária em que apareço de risco ao meio, cada metade de cabelo bem esticadinha e aparentemente colada ao couro cabeludo, e um ganchinho de cada lado a domar cada hemisfério de cabelo. Sinto vergonha de mim própria de cada vez que encontro uma fotografia destas, amaldiçoo a minha mãe por me fazer um massacre destes e por me fazer sair à rua nesta figura (e me tirar fotografias, meu Deus!, não bastava a má figura no momento, ainda havia que deixar registos para a posteridade?), e ainda hoje recordo as dores que sentia quando franzia a testa e fazia os ganchos mexerem-se uns 2 milímetros e meio.


Daí que não percebo o que é que leva gente adulta, que já passou os 30, a pôr-se nesta figura voluntariamente. E, mais que isso, a tirar fotografias e a publicá-las para toda a gente ver (têm sentido de humor e querem divertir os outros, obviamente. É continuar, minha gente, é continuar!, que estas gargalhadas matinais quase que são terapêuticas).

(eu até estou de bom humor, mas de vez em quando há que mostrar o lado negro escondido)


(Atenas, Maio 2011)


Basicamente o meu trabalho consiste em escrever, quanto mais melhor, que cada vez mais o que interessa são números: gastar menos e escrever mais é o mote que nos tentam impingir por estes lados. Ora, eu escrevo mais e melhor se estiver num ambiente agradável, que me faça feliz e que me deixe bem disposta. Então, por que raio de razão é que tenho que estar fechada num gabinete e cruzar-me nos corredores com caras que preferia que não existissem não ver?

14.6.11

há alturas em que me apetecia tanto bater com a porta

<---

Aegina, Grécia, Junho 2011

mãos que falam



(a caminho de Atenas, Junho 2011)

-.-

não fazer nada

"Mas ainda ainda estamos a meio do ano!", diz ele quando quase a meio de Junho digo que estou cansada, que o ano está a chegar ao fim e que só me apetecem férias. O meu ano sempre foi o escolar e não o ano civil. "És como os putos!", responde ele. Confirmo, no calendário sou como os putos. O ano começa em Setembro e termina em Julho, coisa de quem nunca saiu do ambiente escolar, embora tenha passado de um lado da barricada para o outro. Cheguei àquela fase do ano em que estou em serviços mínimos, estou cá, mas não estou. Não exijam muito de mim, não me peçam para fazer não sei o quê para ontem, porque nesta fase do ano o meu ritmo de trabalho roça o muito devagarinho. Não me apetecem livros de trabalho, artigos e palavras como metodologia, epistemologia e afins. Eu quero é sopas e descanso ou, se quiserem que traduza, quero romances, espreguiçadeiras, areia e mar, mini-saias, calções, fotografias, cheiro a protector solar, gelados e sumos naturais, sandálias e muito não fazer nada.


10.6.11

presente de uma amiga (que tão bem me conhece)

muahahahahah

continuo a achar que devia ter seguido psicologia ou uma área afim

Eu não sei o que é que eu tenho que faz com que qualquer pessoa se sinta à-vontade para falar comigo. As conversas vão dos assuntos mais banais àqueles que para mim seriam mais reservados, mas que algumas pessoas abordam como se estivessem a falar do tempo.

Há meia hora cruzei-me com um vizinho do prédio, pessoa que vejo para aí uma vez de mês a mês e com quem devo ter trocado meia dúzia de palavras... isto era verdade até há meia hora atrás, quando nos encontrámos no elevador.

- Já não a via há muito tempo!
- Estive uns dias fora.
- Eu também, mas tive que regressar porque tive que ir ao médico por causa da bexiga [aqui o meu alerta disparou, sempre que a conversa mete médicos e doenças tem potencial para se alongar e entrar em pormenores desnecessários] blá blá blá E agora vou ter que lá voltar para o médico me meter uma aparelho pela uretra acima [eu sei que é ruim da minha parte, que é um assunto delicado, mas foi aqui que comecei a ter uma vontade de rir quase que incontrolável] blá blá blá Ainda há dias estava no andar de baixo e ia no elevador lá para cima e não me consegui controlar, fiz pelas pernas abaixo. Ainda bem que estava de calças!


Consegui não me rir. Sou resistente ou não sou? Eu sei que os homens têm um outro à-vontade a falar das funções fisiológicas do próprio organismo, mas que diabo, têm que falar sobre elas com desconhecidos?

9.6.11

programa para uma noite de quinta, véspera de feriado

Ler uma tese de mestrado.

(mas que mal fiz eu a Deus, alguém me diz?)

é capaz de ser coisa de nerd,

mas ando com mais vontade de aumentar a colecção de máquinas fotográficas e gadgets afins do que de comprar sapatos, vernizes e carteiras.

Sim, não resisti, vem aí mais uma máquina. A ver vamos se nos entendemos e se será a minha companhia quando daqui a um mês estiver a passear na Polónia.


(Aegina, Grécia, 2011)

freedom


(Aegina, Grécia, 2011)

Viajar (especialmente se forem viagens solitárias, em que estamos apenas por nossa conta) é sentir-lhe o sabor. Depois de se experimentar entranha-se até ao tutano e torna-se viciante. E eu aqui a pensar no que faço sobre o Japão: sim? Não? Espero mais um ano? Ou faço aquilo que seria impensável há doze meses atrás e vou, num mesmo ano, a Hong Kong e ao Japão?

8.6.11

de Atenas, mas poderiam ser de outro sítio qualquer


garanto-vos que estou a falar de gente adulta

Uma aluna minha escreve assim:

O gato preto. Comeu o peixe.

E assim:

O peixe, era um robalo.

dou comigo a pensar porque pago para ter tantos canais de tv se não vejo nenhum

Não sei precisar o último dia em que liguei a televisão. Não acordei um dia a dizer que ia deixar de ver tv. Naturalmente deixei-me disso. Comecei por me cansar dos telejornais que perderam toda a objectividade, insistem em pormenores que não interessam a ninguém e esticam as não-notícias muito para além do meu limite de tolerância. Depois, estranhamente, cansei-me das séries naquele dia e horário específicos (e se houve fases em que as papava todinhas de enfiava, oh se houve!). Sobrava o Biggest Loser que via religiosamente, até que se foi e o substituíram por um programa que é um atentado à dignidade feminina e à inteligência de qualquer um. Antes das últimas viagens andava encantada com O Último a Sair, mas agora perdi o fio à meada.

As poucas séries que ainda me alegram (The Big Bang Theory, How I Met Your Mother, Grey's Anatomy) são sacadas da net e vistas quando bem me apetece, as notícias também são lindas online e vou vendo uns vídeos desgarrados d'O Último a Sair quando preciso de me rir (é ver este, minha gente, é ver este!).

6.6.11

porque os lugares também são feitos de som (e não apenas de imagem)


Esta mania de gravar os sons dos locais por onde vou passando já tem um ano, mas é a primeira vez que aparece por aqui. Porque os lugares não são só feitos de imagens. E digam lá se não é totalmente diferente subir à acrópole ao meio-dia, debaixo de um Sol abrasador em silêncio, ou assim.

estou desculpada?

Já lá fui uma série de vezes, mas não resisto a voltar. No meio das enchentes de turistas (como eu) encontro uma estranha serenidade.


Depois há outra vantagem. Fotografias do sítio já eu tenho muitas, de modo que me posso divertir a fotografar quem por lá anda e me agrada. Não é de bom tom fotografar desconhecidos sem os avisar, mas eu não sou perfeita e a miúda tinha estilo.


voltar ao ritmo habitual depois de uma semana numa ilha grega...

... é quase tão ruim como ter a combinação Passos Coelho - Cavaco a comandar o país.